Casa & Decoração

Saiba como usar contraste de cor na decoração

Veja como combinar cores de forma harmônica ao decorar o seu lar Na hora de decorar um espaço, algumas dúvidas em relação ao uso das cores podem surgir. Afinal, as possibilidades de combinações são grandes. Uma sugestão, então, é apostar no contraste de cor, que pode ser utilizado nas paredes, nos móveis e nos objetos decorativos. Benefícios do contraste de cores A designer de interiores Nathália Ferreiro explica que um contraste de cor harmônico é capaz de agregar acolhimento, conforto, sofisticação e beleza ao ambiente. “As cores têm o poder de despertar emoções ou, até mesmo, criar um pré-julgamento inicial em nosso subconsciente. O contraste, utilizado de forma correta, pode despertar o interesse do telespectador a respeito dos elementos que gostaríamos de destacar”, complementa a arquiteta Yasmin Barros. Contraste de cor e o círculo cromático Yasmin Barros explica que para identificar um tipo de contraste é preciso utilizar uma ferramenta chamada “círculo cromático”. Nela, podemos observar oito esquemas de cores principais, sendo que cinco deles são contrastantes. Veja: Complementar: duas cores que estão opostas no círculo cromático. Por exemplo: laranja e azul. Complementar dividido: uma cor principal e duas adjacentes. Por exemplo: laranja, azul-violeta e azul-esverdeado. Análogo + Complementar: três cores adjacentes e uma complementar. Por exemplo: laranja, azul-violeta, azul-verde e azul royal. Triádico: três cores que estão opostas no círculo cromático. Por exemplo: azul, amarelo e vermelho. Retângulo: são quatro cores, sendo que duas das tonalidades estão opostas às outras duas. Por exemplo: roxo, laranja, azul e amarelo. Aplicação dos contrastes De acordo com a arquiteta Yasmin Barros, os contrastes de cores podem ser aplicados de diversas formas nos ambientes. Ela explica que podemos utilizar essa tendência nas paredes quando queremos destacar algum elemento ou criar sensações, como amplitude, largura e altura. Em relação aos objetos decorativos, ela comenta que o contraste de cor pode ser usado de forma mais segura, pois além de destacar o que gostaríamos, os itens podem ser manuseados facilmente. Contraste em ambientes pequenos Tanto a arquiteta Yasmin Barros quanto a designer de interiores Nathália Ferreiro concordam que para ambientes pequenos, o ideal é aplicar cores claras no teto e nas paredes e deixar o contraste apenas para os móveis e objetos decorativos. Contraste em espaços grandes Nathália Ferreiro comenta que em ambientes grandes podem ser usadas cores mais vibrantes, o que possibilita um contraste maior. Entretanto, a designer de interiores ressalta que esse contraste vai depender do tipo de ambiente e da função dele no dia a dia. Aplicação em outros ambientes Para o espaço de trabalho, Yasmin Barros recomenda um contraste que utilize as cores azul, amarelo, laranja, verde e, até mesmo, roxo. Isso porque essas tonalidades vibrantes aumentam de forma indireta a criatividade dos funcionários. Para um local de descanso espaçoso, a dica da arquiteta é apostar em contrastes que remetem a serenidade e tranquilidade, como o verde com um tom caramelo ou cinza. Cuidados importantes De acordo com Nathália Ferreiro, o principal cuidado quanto ao uso do contraste de cor é em relação à análise do local. Por exemplo, para um ambiente com pouca iluminação não é recomendado o uso de cores vibrantes, pois ele ficará ainda mais escuro. Por isso, a designer de interiores recomenda contratar um profissional especializado. “O especialista saberá aplicar as cores e texturas, conseguindo atingir o máximo potencial daquele espaço”, finaliza.

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Entenda como a casa influencia no jeito de viver e de se relacionar

Escolher um endereço é um exercício e tanto de autoconhecimento Morar bem é conceito dos mais subjetivos. E impermanente também, já reparou? Em uma etapa da vida pode significar estar perto da família. Em outra, habitar um imóvel a poucas quadras do trabalho ou, ainda, abrir a janela e curtir o horizonte verde e os passarinhos. Sem dúvida, nossas demandas e desejos são tantos que não cabem em nenhum folheto de empreendimento imobiliário. E, mesmo quando julgamos morar bem, podemos nos surpreender com algo fora do nosso controle que, de repente, muda nossa perspectiva. Como aconteceu durante o período mais duro da pandemia, por exemplo. Quem morava no apartamento pequeno perto do escritório sentiu falta de um cantinho para tomar sol e respirar ao ar livre. Muita gente que vivia em casas confortáveis e espaçosas lamentou o endereço distante dos pais, avós, filhos. Foi uma avalanche de questionamentos. Uma experiência que derrubou certezas individuais e coletivas. O que é realmente importante para mim? Ainda estamos vivendo esse processo. E talvez você também integre o grupo de pessoas que pararam para refletir sobre a seguinte pergunta: o que é realmente importante para mim quando eu tenho a chance (e o privilégio) de escolher um lugar para morar? São tantas as variáveis que talvez seja impossível encontrar um CEP que abrace todas as nossas vontades, sonhos, anseios. Em geral, é preciso listar prioridades: o que cabe no bolso, o que torna meu dia a dia mais prático etc. Mas será que estamos incluindo nesse rol de essencialidades o que nos faz bem de verdade? “Em geral, as pessoas pensam na proximidade do trabalho e nas comodidades que o lugar oferece, mas se esquecem de pensar em qualidade de vida e convívio em comunidade, por exemplo, que são aspectos fundamentais ao bem-estar e à saúde”, diz Antônio Alberto Júnior, idealizador do Vivert, um condomínio fechado em Bom Sucesso, Minas Gerais, pensado para promover o que ele chama de Sete Caminhos de Reconexão ( natureza , alimentação saudável, esporte e lazer, trabalho e leveza, arte e cultura, amizade e transcendência). Para Antônio, desde o grande êxodo rural que aconteceu a partir da década de 1950 no Brasil, a população vem adoecendo mais e hoje sabemos por estudos que isso tem relação direta com a mudança para as cidades e o distanciamento da natureza. “Se o lugar onde moramos influencia nosso jeito de viver, precisamos fazer lugares melhores, que permitam esse contato com a terra, sejam confortáveis e, ao mesmo tempo, promovam mais convivência entre as pessoas”, defende ele. O melhor lugar requer presença Durante as pesquisas feitas para o desenvolvimento do condomínio, pessoas disseram que, quando precisavam se reconectar, elas tiravam férias e iam para outros lugares. “Mas será que dá para viver bem recarregando a bateria apenas uma ou duas vezes por ano?”, questiona Júnior. A aposta dele é a seguinte: precisamos criar lugares que estejam fisicamente preparados para nos oferecer privacidade em espaços rodeados de natureza e, ao mesmo tempo, contem com um projeto de convívio que estimule as pessoas a estarem mais juntas, em almoços comunitários, no coworking, praticando esportes ou em espaços de meditação. Lara Freitas, biourbanista e cofundadora do instituto Programa Permanente Ecobairro, afirma que as cidades têm impactado cada vez mais o cotidiano das pessoas e que isso tem levado a uma busca por mudanças. “A pandemia acelerou esse olhar e, de certa forma, permitiu vários balões de ensaio, como a flexibilização do trabalho em home office ou a experiência de morar na segunda residência, o que magnetizou um movimento coletivo”, comenta. Essas mudanças, é bom dizer, podem se dar de diferentes maneiras. “Às vezes, é uma relocalização simples, dentro da própria cidade, ou seja, mudar para mais perto da escola ou para um bairro mais tranquilo, talvez trocar o apê por uma casa. Às vezes, envolve buscar uma cidade menor, que possibilite outro ritmo. E há quem queira um rompimento com a cidade e a construção de uma vida mais rural”, diz Lara. Cada um precisa descobrir o seu caminho Nessa história, quem não tem a opção de sair da cidade tende a buscar soluções locais para melhorar seu lugar. “Nas comunidades periféricas, o cotidiano difícil impulsiona a solução no aqui e agora: a construção de uma rede de solidariedade, o fortalecimento da comunidade e das relações”, relata Lara. Da mesma forma, pessoas que não pensam em deixar a cidade se mobilizam para redesenhar seus territórios com mudanças singelas, mas significativas. É a pracinha do bairro que ganha novas cores com o mutirão de moradores, o parquinho que vira ponto de encontro de mães e pais, o terreno vazio que ganha uma horta comunitária. Um alento na vida agitada e individualista promovida por prédios, asfalto e barulho. “É importante lembrar que o primeiro espaço de governança da nossa vida é a nossa casa. Precisamos refletir sobre como podemos ter um lar mais saudável e uma comunicação que fortaleça as relações”, argumenta a biourbanista. Nessa jornada, cada um precisa descobrir o seu caminho. Sabe, já morei no mato, já morei no centro de São Paulo. Hoje estou numa mistura desses mundos, na zona periurbana de uma grande cidade, a poucos metros de um pasto de fazenda que me oferece um horizonte verde, um pôr do sol lindo e um silêncio delicioso. Às vezes me sinto no mato . Às vezes, na cidade. E hoje percebo que isso depende mais da paisagem que está dentro de mim do que do lugar onde estou – porque nosso primeiro território a ser habitado está dentro de cada um de nós. Já parou para pensar nisso?

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